Eu acho que isto da indústria do sexo está de pernas para o ar, salvo seja! Antes de mais, sou contra a forma como esta indústria está a ser governada e isso acontece porque antes demais não tenho dúvidas absolutamente algumas de que está a ser governada por mulheres.
Tudo na indústria do Sexo, está desenhado para mostrar que os homens não sabem o que fazem e que as mulheres estão a ser prejudicadas no acto em si! Vocês podem achar que isto é mania da perseguição, e que eu sou só mais um homem que não sabe o que faz e que está a enfiar a carapuça, mas não é o caso! Aturem-me por uns minutos e vão perceber o que digo.
Estou no supermercado, na caixa para pagar e vejo ao lado dos rebuçados uma caixa de preservativos. O que faz sentido. Quem não consegue arranjar parceiro, compra uns docinhos e amanha-se! É o que faz quem quer fumar e não pode. Come doces.
Bom, mas a questão não é essa. Aproximo-me da caixa, não porque ande cheio de sorte mas antes porque ela parecia uma caixa de rebuçados Tutti Frutti, e leio o seguinte:
"Preservativos que acrescentam a diversão à relação Sexual"
Fiquei chocado! E fiquei chocado porque, se são precisos preservativos para acrescentar diversão à relação sexual, para quê incomodarmos-nos a ter a dita relação sexual?!?! Do meu ponto de vista, acho que todos ganhavam mais se abrissemos a caixa no meio da sala e deixássemos os preservativos fazer a sua magia!!!! Estamos a falar de quê? Preservativos que cantam? Dançam? Jogam à bola? Não percebo como é que estamos dependentes de preservativos para acrescentar diversão à relação... Algo vai mal no reino da cúpula...
É claro que esta táctica, é um pau de dois bicos! Já estou a ver gajos a dizerem:
"Foi tão bom para ti, como para mim? Não? Olha que sinceramente não percebo... Usei aqueles da diversão acrescentada... Devem estar estragados, ou fora do prazo ou quê...".
Bom, ultrapassei isso. Ultrapassei isso e fui ver televisão quando cheguei a casa. Ainda estava a pensar naquilo, mas estava a ver se me distraía. Pensei, vou ligar a Sic Notícias para ver se já encontraram a miúda McCan, ou se o aeroporto continua a não ser em Alcochete. Mas eis que vejo a seguinte notícia:
"Inventado Gel que aumenta o desejo sexual feminino em 300%"...
Foi demais!! Primeira conclusão: Se és uma daquelas miúdas que depende de preservativos para acrescentar diversão sexual, esquece este gel!! Porque 300% de zero, continua a ser Zero!! Não vale a pena, és um caso perdido!
Mas, se não é o caso, este gel não deixa de ser perigoso. Qual é a dose certa? É preciso comer antes de? Como se aplica? Tem efeitos secundários??? É mais caro que os preservativos divertidos?
Seja como fôr a mensagem está clara! Meninos apliquem-se, porque as nossas fragilidades estão a ser postas a nú.
Eh pá, estou curioso relativamente a este filme: Call Girl!
Já sei, já sei o que estão a pensar. Dificilmente será pelo valor artístico do mesmo. E é um facto, não é pelo valor artístico. Não faço a mínima ideia se o filme é bom ou deixa de ser. E francamente, acho que nem me interessa.
Mas também não é pelo "valor físico" do filme, digamos assim... Sim, e esse eu sei que o filme tem. Ou pelo menos, visto daqui parece que tem. Como também não me devo aproximar muito mais, vou ficar com esta convicção. Há um valor físico implícito.
Mas o verdadeiro motivo da minha curiosidade, é que estou cá desconfiado de uma coisa: Ainda ningúem foi ver este filme. Neste momento não tenho grandes dúvidas disso.
Falo com os amigos, e eles só dizem que a miúda é boa, aliás, que é bem boa. Pergunto: "Mas foste ver o filme?". Respostas mais ouvidas:
-"Para quê? O cartaz diz tudo! Não preciso de largar 5 euros para isso".
-"Tás doido? E criar um conflito bélico lá em casa que sei que não tenho hipóteses de vencer?"
Viro-me então para as amigas. Dizem elas que a miúda é boa, aliás, que é bem boa (e é bom ver que a Soraia Chaves é um ponto de confluência entre homens e mulheres). Pergunto então: "Mas foste ver o filme?". Respostas mais ouvidas:
- "É um filme sem história nenhuma. Não dou dinheiro para o ver"
- "A miúda é boa, aliás, é bem boa... Mas não é nenhum Brad Pitt".
-"Tinha que levar o maridão, e não lhe quero dar ideias".
Ainda não conheci ninguém que fosse ver o filme. E isto está a deixar-me curioso. Mas sei que tenho que ser inteligente na hora de o ir ver. Não posso fazer parecer que quero ir pela Soraia, mas também não vou conseguir convencer ninguém que vou lá pelo Nicolau Breyner.
Não posso ir com um amigo. Ia fazer-me confusão. Ia-me sentir como um gajo que vai ao Passerelle à luz do dia. E eu não sou esse gajo.
Não consigo ir com uma amiga, porque elas começam logo a dizer que a Soraia é feia, que não tem classe, que o filme não tem história e que ela não é nenhum Brad Pitt.
Bem feitas as contas devia ir sozinho. Só eu e a Soraia, mano a mana sem ninguém a incomodar. Mas... a verdade é que aquele cartaz é demasiado agressivo. Como diria um dos génios da comédia que mais aprecio, se a Soraia fosse uma acção estaria em queda vertiginosa!! Está demasiado acessível, inundaram o mercado com ela. O que é óptimo para o qualquer gajo que se chame Mercado, mas é mau para a cotação de qualquer título. O cartaz faz qualquer gajo que vá ver este filme sozinho, um daqueles senhores que procuram os peep-shows!!!
É por isso que digo que ninguém vai ver este filme. Apesar de ser um filme, aonde se faz "Tudo" (acho que foi isso que ouvi no trailler). Pensem bem... TUDO!!! Não falta nada a este filme, e ainda assim não conheço ninguém que o tenha ido ver. Aliás, tive que adulterar o título do post para que vocês se dessem ao trabalho de o ler. Vocês leram-no, e eu não fiz nem metade de "Tudo"!
Um segredo é como uma droga...
Eu não sei porque é que as pessoas me confiam segredos. Não preciso de saber os segredos de ninguém.
"Posso-te contar uma coisa? É segredo..."... Para mim, isto é das piores coisas que se me pode fazer. Se alguém sabe um segredo, a meu ver tem duas opções:
1- Ou quer que se mantenha segredo
2- Ou quer que se saiba
Posso ser só eu, e a minha mania de racionalizar as coisas, mas quando contamos um segredo, acho que nos aproximamos muitos mais da segunda opção do que da primeira, não vos parece?
Quanto a mim, quando alguém me conta um segredo, é porque não tem assim tanta vontade de o manter! E o que mais chateia no meio disto tudo, é que os segredos por norma são bons... Dão-nos vontade de contar! Aliás, é por isso que os sabemos... porque alguém não resistiu à vontade de nos contar anteriormente. A malta que conta segredos, mais não é do que malta castradora que nos quer ver em agonia. De posse de informação preciosa e desconhecida, mas sem hipótese de partilhar com quem quer que seja.
Só há uma forma de lidar com segredos:
"É isso?? Já sei disso há que séculos!!". Isto tem dois efeitos. O primeiro dos quais é que quem conta o segredo fica como uma criança a quem tiraram um brinquedo. A segunda é que se por acaso não resistirmos a contar o segredo, nunca ninguém vai saber que fomos nós que contámos!
É claro que corremos o risco de ser interpelados com a seguinte pergunta:
-"Quem te contou?"... Mas aí a resposta é óbvia, e até tem certos requintes de malvadez:
-"Epá, desculpa, mas isso sim é segredo. Não te posso contar".
Feitiço contra o feiticeiro!! Aliás, se pensarmos bem, quando alguém nos conta uma coisa que é segredo, não nos está a dizer que não podemos contar. Está na realidade a pedir que se tivermos que contar a alguém, não digamos quem nos contou!!! É uma espécie de Plano de Protecção de Testemunhas. O chamado "Uma mão lava a outra":
"Tu ficas de posse de informação confidencial, eu desabafo, eu mantenho a minha imagem de túmulo que me vai permitir saber mais segredos para te contar depois!!!".
É um circulo vicioso! Por isso digo que o segredo é uma droga mais poderosa que todas essas que por aí circulam!! Daqui a uns anos vai ser traficado nas casas de banho das discotecas, e vai ter dealers e malta a pagar para os ter... Aliás, o que é que estou para aqui a dizer a dizer?!?!?! Isto já acontece!! O segredo é realmente uma droga!
EStava eu tranquilamente a subir a rua da Madalena, quando de repente numa esquina vejo uma senhora...
Pelo menos pareceu-me uma senhora, mas não tinha bem a certeza. Era pequenina, muito pequenina, tipo pigmeu, até na aparência física. Pois bem, de repente apercebi-me que era uma ENI - Empresária em Nome Individual com sede fiscal numa qualquer esquina (vulgo, prostituta).
Fiquei num corropio de emoções. Perante o aspecto da ENI de Esquina, achava inconcebível que tivesse clientes. Quem seria a alma que solicitaria prestações de serviços a tal ENIE? E como qualquer empresa que não tenha clientes, como será o processo de abertura de falência de uma ENI de Esquina? Vivemos numa sociedade burocrática, porventura existirão formulários, papeis, carimbos, senhoras mal dispostas a recebê-los.
Enfim, o importante é que naquele momento justificava-se por completo um processo de abertura de falência. Porque existe uma velha máxima que nos diz que "Há coisas que nem os olhos comem".
Estacionei o carro, e dirigi-me ao meu destino que me obrigava a passar naquela esquina. E eis que senão, quando lá passo... Não havia ENI de Esquina!!!!
Havia 2 hipóteses: Ou se cansou, ou arranjou cliente. Não acredito que se cansasse. Uma senhora com tal actividade, por norma tem resistência física. Não se cansa facilmente... Não restavam dúvidas na minha mente de que o pior havia acontecido. Tinha aparecido um CE : Um Consumidor de Equívocos! Já todos o fomos a dada altura...
Ora, segunda parte do problema. Uma ENIE de 1,20 metros, está a servir menos ao seu consumidor - certo? Bem sei que as mulheres não se medem aos palmos, mas sejamos razoáveis. Há limites! A razão pela qual as mulheres não se medem aos palmos é porque têm outras qualidades mensuráveis, e não porque é impossível medi-las aos palmos, porque um único palmo chega perfeitamente para a medir. E este era o caso. Logo isto tinha que ser mais barato! Pensei logo que esta actividade devia estar tabelada... Isto é matéria para a DECO e para a ASAE. Elas têm que intervir na regulamentação da Actividade de Esquina.
Talvez por ser mais barato, possa ter aparecido um cliente, as isso só prova outra velha máxima:
O Barato sai caro, meus amigos...
Enfim, embarquei numa aventura. Quando saí de casa, fui ao quarto da minha mãe e olhei para ela com ternura. Sabia que ia encarar um grande perigo, e que poderia nunca mais voltar.
Pois é, sabia que ia ter que atravessar a Avenida da República!! Estive a semana toda a treinar-me para isso. Corri, fiz abdominais, flexões, treinei a potência... tudo a pensar neste dia.
Enfim, estou na dita avenida do lado oposto ao Campo Pequeno. Olhei para o dito recinto, benzi-me, e lá fui eu em direcção ao mesmo sem hesitar, como uma flecha!! Sabia que não tinha tempo a perder.
Meus amigos, os semáforos nesta rua mudam num piscar de olhos!!!! É incrível como numa avenida com 50 metros de largura, temos 5 segundos para atravessar a estrada!! Verde.... vermelho, aí vêm os carros!! E é aqui que começa a aventura. Sinto-me como se estivesse num daqueles jogos de computadores de plataformas, em que temos que andar para a frente e para trás a evitar obstáculos. A principal diferença, é que só tenho uma vida. Este talvez seja um bom jogo para gatos, mas eu de gato não tenho nada, muito menos as nove vidas... às vezes mio, mas é só por descontrolo emocional... Sabia que se fosse impulsionado por algum veículo em movimento, dificilmente aterraria em pé. Ainda por cima aquilo é uma zona chique!! Só passam lá bombas a alta velocidade de malta de escritórios com pressa para ir a reuniões, digo eu.
Sei apenas muito bem, que só alguém com uma boa preparação física consegue atravessar esta Avenida à primeira. Se o Francis Obikwelu treinar ali para os olímpicos, de certeza que não volta sem uma medalhinha! É o pára-arranca mais importante da nossa vida! Ainda se fosse a ritmo constante, era uma coisa... agora assim. Acelera, desacelera, desvia de carro, volta atrás. Trabalhamos tudo! Músculos e cérebro! Vamos pôr as coisas assim: O Arnold safava-se à justa, o Devito só saía dali à boleia do INEM.
Enfim, safei-me! Ia sendo atropelado por um táxi, mas num assomo de inteligência estiquei a mão e disse: "TÁXI!!"... Olhei para o gajo do leste que ia lá dentro e disse-lhe: "Dassvidania palerma", e atravessei o que restava a correr. Só com este instinto de sobrevivência se escapa ao encontro com o INEM nesta rua.
Depois de ter tentado atravessar esta avenida, compreendo as dificuldades da monarquia de há uns anos. É complicado resistir à República!
Eu...